domingo, 31 de agosto de 2014

12º Domingo de Pentecostes (Próprio 17)

 Salmo 26; Jeremias 15:15-21; 
Romanos 12:1-8; Mateus 16:21-27.

Igreja instrumento do Reino

A palavra Igreja, em grego eklésia, aparece 105 vezes no NT, quase exclusivamente nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas. Nos Evangelhos aparece três vezes, só em Mateus. A palavra significa literalmente "convocada" ou "escolhida". Ela indica o povo que se reúne convocado pela Palavra de Deus e procura viver a mensagem do Reino que Jesus trouxe. A Igreja ou a comunidade não é o Reino, mas sim um instrumento e uma amostra do Reino. O Reino é maior. Na Igreja, na comunidade deve ou deveria aparecer aos olhos de todos aquilo que acontece quando um grupo humano deixa Deus reinar e tomar conta de suas vidas.
                       
Jesus deu a Simão o apelido de Pedra (Pedro). Pedro era fraco na fé, duvidou, tentou desviar Jesus, teve medo no horto, dormiu e fugiu, não entendia o que Jesus falava. Ele era como os pequenos que Jesus proclamou felizes. Pedro era apenas um dos doze e deles se fazia porta-voz. Mais tarde, depois da morte e ressurreição de Jesus, a sua figura cresceu e se tornou símbolo da comunidade.

Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino

Texto para meditação
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me. Mateus 16:24

Intercessão
Agradecemos-te Senhor porque, apesar das nossas fraquezas, de nossa falta de entendimento de Tua vontade, tu nos perdoas e nos faz instrumentos do Teu Reino.

sábado, 30 de agosto de 2014

Salmos 20,21:1-7(8-13) ou 110:1-5(6-7), 166,117; 
Jó 9:1; 10:1-9,16-22; Atos 11:1-8; João 8:12-20.

Eu a ninguém julgo.

Perdoem-me irmãs e irmãos que volte para o assunto do julgamento, mas não podia deixar passar esta frase encantadora de Jesus resgatada pelo Evangelho do Amor! Que alívio dá, que liberdade, que alegria, que leveza, que ternura, saber que Jesus Cristo, que podia nos julgar e condenar, que podia nos culpar pelo seu próprio sacrifício, apareça neste Evangelho, afirmando: “eu a ninguém julgo” (Jo 8:14). Claro que esta frase aparece na seqüência do caso da mulher adúltera (pega em flagrante, condenada a morte pelos homens e pelo seu mundo machista e violento; e libertada por Jesus)! 
                           
Quando diz que não julga ninguém apenas coloca em palavras o que fez em atos na situação daquela mulher. Este é o Senhor que eu amo, este é o Jesus que está comigo. Quando vou deitar à noite, mesmo exausta depois de enfrentar o sucateamento da saúde pública, e o desespero da população angustiada e doente (física e espiritualmente), com enfermeira e funcionária pública, faço as minhas orações por muita, muita gente, mesmo que não consiga orar por todos. Nestas orações sinto Jesus ali, do meu lado, sem julgar ninguém. Jesus nos ama tanto que chora conosco, chora por nós; mas também ri e se alegria, pula de alegria, festeja nossas pequenas e passageiras vitórias, vibra com nossas descobertas e nosso crescimento espiritual, nos ouve com carinho, e nunca, nunca nos julga! Obrigado Jesus, porque sendo o supremo juiz, nos convidas a trocar o amor pelo julgamento. 

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS 
(reeditado)

Texto para meditação
SENHOR te ouça no dia da angústia, o nome do Deus de Jacó te proteja. Salmo 20:1

Intercessão
Oremos para que no momento de nossas orações não temamos um deus irado, mas lembremos do Deus amoroso, misericordioso e terno que nos foi revelado em Jesus Cristo, nosso Senhor.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Athalicio Theodoro Pithan, 1966 (1º Bispo Brasileiro da Comunhão Anglicana)

Salmos 16,17 ou 22; Jó 9:1-15,32-35; 
Atos 10:34-38; João 7:37-52.

Tenho sede

No Evangelho segundo João a questão da “sede” está bem presente. Ele mesmo pede água para a mulher Samaritana e promete a ela (e ao seu povo) dar-lhe da “água da vida” (Jo 4:10). Na Cruz, antes de morrer, Jesus diz: “Tenho sede” (Jo 19:28). Agora, nesta parte do Evangelho, Jesus promete: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba” (Jo 7:37b). Então, me perguntei: “tenho sede de quê?”. Assim descobri que, como a mulher Samaritana, já sou uma mulher madura, que carrega alegrias e sofrimentos, uma mulher que desde pequena só queria poder conversar com Deus com alegria e intimidade, sem medo. 
                              
Sempre tive sede de Deus e só a saciei quando encontrei a fonte próxima, de um Jesus amigo, que não colocava empecilhos ou condições, apenas me dizia: “vem e bebe”. Também, quando estive em situações difíceis eu disse a Deus: “tenho sede de coragem, sede de amor, sede de esperança”. Então, ele me mostrou caminhos de cura, de beleza, de restauração e de libertação, o caminho da fonte da água da vida! Ainda tenho sede, ainda sou aquela mulher, não estou imune ao sofrimento; mas estes anos de caminhada me mostraram que Jesus é uma fonte inesgotável e eterna para minha sede, e para sede do mundo.  

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS 
(reeditado)

Texto para meditação
Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. João 7:38

Intercessão
Oremos para que ninguém lacre ou contamine esta fonte, que ninguém impeça outra pessoa, por qualquer razão, de encontrar a água viva que nos restaura, cura e liberta.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Agostinho, Bispo de Hipona, 430

Salmo 18; Jó 8:1-10,20-22; 
Atos 10:17-33; João 7:14-36.

Julgar ou não julgar: eis a questão

A experiência da tradição anglicana mostrou que é melhor enfrentar o pecado do que escondê-lo. Mas, como enfrentar o pecado? Depois de tudo quem não erra? De fato, quem poderá julgar outra pessoa? Por outro lado, será que devemos deixar nossos erros, egoísmos e maldades correrem soltos? Seria a chamada “libertinagem” a solução? Alguns dizem que o anglicanismo é “libertino”. Será?
                    
O Evangelho não diz para não julgar, mas nos orienta a “não julgar conforme a aparência” e sim “conforme a justiça”. Isso significa que devemos, antes de julgar, conhecer a profundidade de nosso ser, do ser das outras pessoas, do contexto no qual elas vivem e das suas histórias (assim evitamos nos guiar por aparências ou superficialidades). Ainda, mesmo ao conhecer, devemos olhar para a “justiça”, isto é, para a situação de liberdade ou falta de liberdade, de oportunidade ou falta de oportunidade, de opressão, de dor, de sofrimento. Poderemos então julgar? Sim, mas como será difícil condenar alguém! Acho que, na maior parte dos casos, acabaremos amando mais a nós mesmos e a todas as outras pessoas. 

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS
(reeditado)

Texto para meditação
Recompensou-me o SENHOR conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos. Salmo 18:20

Intercessão
Oremos para que o nosso julgamento promova sempre o amor e a inclusão e nunca a violência e o preconceito.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Salmos 119:1-24; 12,13,14; Jó 6:1; 7:1-21; 
Atos 10:1-16; João 7:1-13.

Nem os seus irmãos criam nele!

Hoje pensamos em “evangelizar” como se fosse fácil. Depois de mais de 2000 anos de cristianismo temos conseguido “evangelizar” mesmo? 
                  
As mulheres fomos umas das vítimas preferenciais nos taxando de “bruxas” e nos culpando por todos os pecados da “carne” que os homens promoviam. As cruzadas foram uma carnificina, cujas marcas podemos ver até hoje na cultura e na religião muçulmana. A chamada “descoberta de América” foi feita entre a “Cruz” e a “Espada” (que coincidentemente tem forma de cruz). O “protestantismo branco” promoveu o racismo da segregação nos Estados Unidos e o “apartheid” na África do Sul, continuou a discriminar e demonizar muitas pessoas, calou diante da bomba atômica e abençoou diversas guerras do século 20. 
                   
No meio disso tudo houveram vozes abençoadas e diferentes! Santa Clara e São Francisco de Assis, Santa Joana D´Arc, São Martin Luther King (cujo dia não celebramos), e outros santos e santas, alguns vivos como Mandela e o Arcebispo Tutu (que tivemos o prazer de ver aqui em Porto Alegre). Mas, quantos acreditaram nestas pessoas? Por isso o sucesso da evangelização não pode ser medido em quantidade de gente reunida em nome de Cristo. Devemos avaliar nossa evangelização em termos da vida que produzimos, da vida que defendemos, da vida que praticamos e do amor com que fazemos tudo isso.

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS
(reeditado)

Texto para meditação
E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo. João 7:12

Intercessão
Oremos para que aconteça entre nós a verdadeira evangelização que promove a vida, a justiça e a paz.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Salmos 5,6 ou 10,11; Jó 6:1-4, 8-15,21; 
Atos 9:32-43; João 6:60-71. 

Discurso duro

Já ouvi palavras difíceis e falei outras que sei que não foram fáceis de serem ouvidas. Obviamente teria preferido não ouvir o que ouvi, mas mesmo assim agradeço a Deus, porque aquelas palavras me fizeram mais sábia e madura, mesmo que custassem lágrimas e dor. Não me arrependo de ter falado o que falei, mesmo quando tive que ser muito dura, porque fui fiel ao meu sentimento, fui sincera e direta (mesmo que eventualmente pudesse ter feito algo de forma um pouco diferente). Fico muito contente que o Evangelho de João mostre Jesus assim! 

Muitas vezes protelamos coisas, evitamos dizer diretamente o que deve ser dito, e as vezes até fazemos bem, no entanto, devemos saber que só estamos adiando o inevitável e não estamos nos livrando de nada. Jesus adiou mostrar o sentido profundo da sua entrega, mas teve um momento em que teve que falar claro e direto. Alguns deixaram de lhe seguir, outros ficaram mais sábios e maduros, certamente mais capazes de conviver com a verdade das coisas. A verdade não é propriedade de ninguém a não ser de Deus. No entanto, ela nos encontra, ela se apresenta sem avisar, ela nos chama a pronunciá-la e quando esse momento chega devemos fazer a escolha entre seguir com ela ou viver sem ela.

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS
(reeditado)

Texto para meditação
O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida. João 6:63

Intercessão
Oremos para que tenhamos a coragem de ouvir e amadurecer com a verdade, e a coragem de falar as verdades do coração com a maior clareza possível, pela ação do Santo Espírito de Deus.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Salmos 1,2,3 ou 4,7; Jó 4:1,5:1-11,17-21,26-27; 
Atos 9:19b-31; João 6:52-59.

Verdadeira comida e verdadeira bebida

Na nossa Igreja, graças a Deus, não usamos a fé para proibir comer ou beber qualquer coisa. Evidentemente, como profissional da saúde, sei que nem tudo faz bem. Convivo no meu trabalho como enfermeira com colegas nutricionistas. Lamentavelmente muitas delas orientam os pacientes com dietas tão “ideais” que jamais serão seguidas. Elas esquecem que a comida é, também, um valor espiritual! Sim! Quando degustamos um chocolate, do qual são fã de carteirinha, não pensamos em nos alimentar apenas, pensamos em sentimentos, em paz. Sabemos que as “endorfinas” do chocolate promovem isso, mas ainda distribuímos chocolate na Páscoa e no Natal! Por quê? 
                            
Quando Jesus falava da “verdadeira comida” e da “verdadeira bebida” se referia ao valor espiritual que aquele “vinho” e aquele “pão” teriam se, ao degustá-los, nos deixássemos tomar pelo sentimento da sua presença viva dentro de nós! Então, sentimos o gosto de uma comida que mais que comida, de uma bebida que mais que bebida. Essa refeição é memória viva, é presença, é união, é amor, é acolhimento, é compreensão. Ah! Se as nutricionistas considerassem isso e dessem, junto com as restrições alimentares uma dieta de amor! Então, sim, saberíamos o que é a verdadeira saúde! 

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS
(reeditado)

Texto para meditação
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. João 6:51

Intercessão
Oremos para que o amor seja uma parte integrante e central de nossa dieta diária! 

domingo, 24 de agosto de 2014

11º Domingo de Pentecostes (Próprio 16) - SÃO BARTOLOMEU, APÓSTOLO

  Salmo 138; Isaías 51:1-6; 
Romanos 11:33-36; Mateus 16:13-20

A fé em Jesus o Messias

Jesus é um verdadeiro homem. Nele aparece tudo o que é realmente ser humano: solidariedade, compaixão, serviço aos últimos, que busca o reino de Deus e sua justiça... É Deus, nele se faz presente o Deus verdadeiro, o Deus dos pequenos e crucificados, o Deus do Amor, o Deus que só busca a vida e a felicidade plena para todos seus filhos e filhas, começando pelos últimos!
                        
É por isso que diante da confissão de Pedro Jesus só pode felicitá-lo. É nessa fé que Pedro professa, e nele toda a comunidade cristã, que se funda a Igreja.
                         
Ela é o grande tesouro dos cristãos e cristãs, é o que lhes permitirá permanecer e avançar, no meio das fragilidades próprias e tormentas do mundo, fiéis a Deus e ao seu projeto de vida para todos/as.
                         
A fé em Jesus, o Messias, o Filho de Deus é a rocha sobre a qual foi fundada a Igreja, é a herança que recebemos de nossos/as antecessores/as e é o que somos convidados/as a continuar comunicando com nossa palavra e vida até o fim dos tempos.

UNISINOS/Espiritualidade


Texto para meditação
E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Mateus 16:16

Intercessão
Oremos para que Deus nos conceda construir nossa fé sobre o firme alicerce da missão messiânica de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se fez humano para participar da nossa história.

sábado, 23 de agosto de 2014

Salmos 137:1-6(7-9), 144 ou 104; Jó 3:1-26; 
Atos 9:10-19a; João 6:41-51.

Sabedoria e conhecimento.

Mudanças cada vez mais rápidas e mais profundas em todos os campos e setores da vida marcam nossa época. A ciência e o saber, assim como os padrões técnicos, ficam superados rapidamente. As modas trocam, as opiniões se modificam, uma corrente de espírito da época vem substituir outra. Mas em todas essas mudanças existe sempre também alguma coisa imutável, que permanece estável em toda essa transitoriedade. Assim, há valores que permanecem e que valem ainda hoje, como por exemplo: a justiça, a fé, a esperança e a caridade. 
Apesar do fato do desenvolvimento do conhecimento humano exigir sempre novos conhecimentos, e cada vez mais rapidamente, não significa que devamos rejeitar tudo o que nos foi ensinado até hoje. Temos a convicção de que podemos confiar naquilo que corresponde à sabedoria como foi difundido desde há muito tempo pelas pessoas. 

Contudo, precisamos ter disponível dentro de nós critérios que nos permitam discernir se os novos saberes são úteis e se condizem com a natureza da criação e com o mistério de Deus.

Rosângela Pereira – Pelotas RS
(reeditado)

Texto para meditação
O SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas. Salmo 104:24

Intercessão
Oremos para que Deus nos mostre sempre o caminho da verdadeira sabedoria.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Salmos 140,142 ou 141, 143:1-11(12); Jó 2:1-13; 
Atos 9:1-9; João 6:27-40. 

O dom da vida.

O louvor e a gratidão nascem dos corações livres, daqueles que acolhem com amor o dom maior recebido de Deus: a vida! Devemos louvar a Deus por esse dom que se renova a cada instante com toda a sua beleza.
Há muitos sinais de morte no mundo: violência, terrorismo, crianças abandonadas e passando fome, idosos esquecidos nos asilos, enfermos esquecidos em sanatórios e hospitais. Mas também há muitos sinais de vida: pessoas que dedicam gratuitamente suas vidas ao bem do próximo, através de gestos concretos de solidariedade. 
Devemos louvar e agradecer a Deus por todas as pessoas que se colocam com amor e afeição a serviço do próximo. Pelas que se dedicam aos doentes, às crianças abandonadas, aos idosos, aos que vivem nas ruas, aos que são explorados e rejeitados pela sociedade. 

É este o louvor que agrada a Deus: o serviço em favor da vida dos irmãos mais necessitados.

Rosângela Pereira – Pelotas RS
(reeditado)

Texto para meditação
Assim os justos louvarão o teu nome; os retos habitarão na tua presença. Salmo 140:13 

Intercessão
Oremos por todos aqueles que dedicam suas vidas ao bem do próximo.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Salmos [131], 132,133 ou 134,135; Jó 1:1-22; 
Atos 8:26-40; João 6:16-27.

Confiança em Deus.

A confissão dos próprios medos e fraquezas é geralmente vista como perigosa para o prestígio e um sinal de insegurança. Mas, quem não tem medo e não se sente fraco em certas circunstâncias? Medo todos nós temos e não há o porquê nos envergonharmos de ter medo. Faz bem confiar nossos problemas a alguém e compartilhar nossas inseguranças. Quando confiamos realmente em alguém, não há o porquê ter receio de revelar nossos segredos mais íntimos. Se acontece isso em nível de amizade, o mesmo deveria se dar no relacionamento com Deus. 
Muitas pessoas sentem dificuldades de se aproximarem de Deus porque acham que somente os “perfeitos” é que têm essa possibilidade. Na verdade não existem seres humanos “perfeitos”, mas pessoas que, com suas limitações humanas, se colocam no caminho da perfeição (isto é, da integridade do seu ser) como dom de Deus. Então, confiemos plenamente em Deus.  Afinal de contas, ele é nosso maior amigo.

Rosângela Pereira – Pelotas RS
(reeditado)

Texto para meditação
Mas ele lhes disse: Sou eu, não temais. João 6:20

Intercessão
Oremos por todos aqueles que perderam a confiança em Deus.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Bernardo, Abade de Clairvaux, 1153

Salmos 119:145-176 ou 128, 129,130; Juízes 18:16-31; 
Atos 8:14-25; João 6:1-15

Esperança e fé.

O grande drama de alguém mergulhado em problemas se inicia quando este perde a esperança. Perder a esperança é ir ao encontro da morte. O que morre com a falta de esperança é o próprio sentido da vida, morre a possibilidade de ter algum ideal. Mas todo aquele que crê não deve jamais perder a esperança. A esperança ajuda a superar as dificuldades, a recorrer com maior fé na ajuda de Deus e a olhar o mundo com maior otimismo sem se deixar abalar pelos problemas da vida.

Os Salmos nos convidam a apresentar a Deus os nossos sofrimentos, as nossas angústias. Quando oramos é óbvio que ele sabe tudo o que vamos dizer. Mas a nós faz bem que o apresentemos a ele no silêncio, ou que o expressemos por palavras ou gestos. Diante desta relação com Deus pode então haver uma mudança.  Quem espera em Deus caminha com a cabeça erguida mesmo em meio às provações e aos sofrimentos. Esperar em Deus é ter a certeza de que tudo é possível se a força libertadora de Deus estiver conosco.

Rosângela Pereira – Pelotas RS 
(reeditado)

Texto para meditação
Aguardo ao SENHOR; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. Salmo 130:5

Intercessão
Oremos por todos aquelas pessoas que perderam a esperança e a fé em si mesmas, e agradeçamos pela esperança que recebemos de Deus em Cristo.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Salmos [120], 121, 122, 123 ou 124,125,126,[127]; 
Juízes 18:1-15; Atos 8:1-13; João 5:30-47.

O poder do bem.

Todo dia tropeçamos com o mal, quando olhamos para o que acontece no mundo. Ouvimos falar de assassinatos, tirania e todo tipo de violência. Atos terroristas, e imagens de guerras que matam inocentes, são mostrados na televisão. A mídia se interessa mais pelo que destrói os padrões humanitários do que pelos valores positivos e verdadeiramente humanos, informa bem mais sobre coisas ruins do que sobre coisas boas. Ficamos indagando de onde vem o mal que nos encara com tantos olhos diferentes? Há diversas hipóteses para a origem do mal, mas nenhuma dá uma resposta definitiva. 

Nós, cristãs e cristãs, não podemos deixar que o mal nos contamine. Em nosso mundo é preciso opor-se ao mal. Para opor-se ao mal é necessário que cada um desenvolva dentro de si o bem. Em cada um de nós há um espaço interior de paz e tranqüilidade. Nesse espaço Deus mora em nós. Onde Deus mora o mal não tem acesso. A presença de Deus em nossas vidas impede que o mal possa adquirir poder sobre nós. 

Rosângela Pereira – Pelotas RS
(reeditado)

Texto para meditação
O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.  Salmo 121:7

Intercessão
Oremos para que sejamos conscientes da presença de Deus em nós e entre nós e por tudo o que promove o bem e combate o mal no mundo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Salmo 106; Juízes 7:1-13; 
Atos 7:44-8:1a; João 5:19-29.

Deus amigo dos justos.

Em todo o que se faz é preciso perseverança e constância. O mesmo acontece na busca de Deus. E falar em busca de Deus não significa que ele tenha se afastado de nós. Deus não se afasta de ninguém. Ele é Pai e está muito próximo de cada ser humano.  Nós é que nos afastamos dele através de nossas ações marcadas pelo egoísmo, pelo orgulho, pelo desprezo aos nossos irmãos mais necessitados, quando cometemos alguma maldade ou algum ato de injustiça.
Vivendo em meio a todas essas situações negativas ao seu redor, a pessoa cristã pode se achar impotente em resolver tantos problemas. Nesse momento quem segue a Cristo não pode esquecer que são os pequenos gestos de amor, às vezes não percebidos e até desprezados, que contribuem para a melhoria desse mundo. Deus é amigo dos justos porque ele próprio é o maior promotor de justiça. Por isso está ao lado dos injustiçados e de todos os que são feridos em sua dignidade. Mais que ouvir as palavras, Deus olha nossas ações. 
Rosângela Pereira – Pelotas RS
(reeditado)

Texto para meditação
Bem-aventurados os que guardam o juízo, o que pratica justiça em todos os tempos. Salmo 106:3

Intercessão
Oremos por todos aqueles que promovem a justiça e a paz.

domingo, 17 de agosto de 2014

10º Domingo de Pentecostes (Próprio 15)

  Salmo 67; Isaías 56:1-7; 
Romanos 11:13-15,29-32; Mateus 15:21-28. 

Precedência ou Necessidade?

No relato da comunidade de Mateus a mulher estrangeira é apresentada como Cananéia. Ela suplica, chamando Jesus não apenas de “Senhor”, mas de filho de Davi (15,22b).  Fica muito mais forte a rejeição por parte dos discípulos (homens) que exigem que Jesus a expulse da casa (Mt 15,23b). O argumento prévio, diante do pedido de misericórdia/piedade em 15,22 (eleison) afirma ser o Reino primeiro para os judeus – isto é o argumento da precedência – que, por sua vez, aparece de forma quase que oposta na primeira missão discípulos (Mt 10,6). Um novo pedido da mulher é de “ajuda” (boetei), então, apresenta-se o argumento da possibilidade. 
         
A narrativa da comunidade de Mateus mostra a mulher desconstruindo primeiramente o argumento da precedência com o argumento da urgência, isto é, não são os primeiros que devem ser atendidos, mas aquelas pessoas que mais precisam! 
          
Mais do que a defensa da igualdade de direito para judeus e não judeus em professar a fé, em compartilhar a mesa, ela traz uma nova visão da fé. Era a forma excludente, prevalecida, omissa, que deixava pessoas como ela e sua filha fora da mesa. A narrativa termina dizendo: “mulher, grande é tua fé” (15,28a) e “seja feito como desejas ou segundo tua vontade” (15,28b). Poderíamos interpretar aqui que a mulher Cananéia da comunidade de Mateus é portadora de uma nova revelação, reconhecida e autorizada por Jesus? E você acha que a mesa é só para os que chegaram primeiro ou para as pessoas que mais necessitam?

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Para que se conheça na terra o teu caminho, e entre todas as nações a tua salvação. Salmo 67:2

Intercessão
Peçamos perdão a Deus pelas vezes que nos achamos mais dignos que outras pessoas de partilhar da mesa do Senhor e de suas bênçãos e fiquemos atentos para o clamor de quem pede ajuda!

sábado, 16 de agosto de 2014

Salmos 107:33-43, 108:1-6(7-13) ou 33; Juízes 16:1-14; 
Atos 7:30-43; João 5:1-18. 

Queres ficar são?

Jesus faz a pergunta “queres ficar são?” para um homem que lutava desesperadamente para se curar e não conseguia. Por quê? Era óbvio que ele queria sarar! Mas, se o sentido não está no conteúdo da pergunta, quem sabe esteja na pergunta em si. Ao perguntar Jesus troca o cenário. O cenário inicial era um poço onde se buscava a cura quando um anjo movimentava a água. Era um lugar exterior, distante daquele homem doente, ao ponto de que, por causa da sua deficiência, nunca consegui chegar a tempo. Quando Jesus pergunta passa para um lugar interior, para dentro da alma, dentro do ser, para as profundezas do espírito. Então, Jesus, através daquela pergunta aparentemente óbvia desperta o poder interior da fé, esse poder que sempre esteve ali, mas que só foi descoberto pela pergunta de Jesus. 
                               
Muitas vezes a gente busca soluções externas para nossos problemas, esperamos que o milagre venha de fora. Mas, queremos mesmo nos curar? Se quisermos busquemos a presença de Jesus dentro de nós, busquemos aí a força da fé no Senhor que nos ama e estende para nós a sua mão. Está perto, muito perto, acessível para todos! 

Revda. Claudia Prates – Cachoeirinha RS 
(reeditado)

Texto para meditação
Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. João 5:8

Intercessão
Oremos para que pela graça de Deus em Cristo descubramos dentro de nós o poder da fé que cura e transforma.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA, MÃE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

Salmo 102 ou 107:1-32; Juízes 14:20-15:20; 
Atos 7:17-29; João 4:43-54. 

Fé e milagres

Hoje vivemos o mercado dos “milagres”. As igrejas que crescem o fazem prometendo milagres de tudo o que tipo na vida das pessoas. O milagre é uma coisa boa! Mas, o verdadeiro milagre não apenas dá, mas capacita! Jesus não veio fazer milagres, ele usava os milagres para ilustrar que o amor era o poder da vida contra a morte. A notícia que recebe este homem rico é: “teu filho vive!”. 
                            
O milagre era a vida do filho. A fé do pai ganhou o sentido da vida do filho. A ação de Jesus revelou que a vida pode vencer a morte! Se o milagre não nos capacita para entender este mistério e esta verdade, então, de nada serviu. A vida é o milagre maior de Deus, um milagre tão grande que seu Filho, Jesus, veio para nos mostrar o seu valor. Quando destruímos a natureza, quando não nos cuidamos, quando consumimos descontroladamente jogado lixo por todos os lados, é sinal de que não compreendemos o milagre. 

Revda. Claudia Prates – Cachoeirinha RS 
(reeditado)

Texto para meditação
Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis. João 4:48

Intercessão
Oremos para que o milagre da vida seja respeitado em todas as formas, em todos os lugares e por todas as pessoas.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Salmo 105; Juízes 14:1-19; 
Atos 6:15-7:16; João 4:27-42.

A fé de Estevão

Estevão foi um dos primeiros diáconos da Igreja Cristã. Também foi o primeiro mártir, morrendo sob o olhar e aceitação do fariseu Saulo, que depois seria o grande apóstolo Paulo. Estevão nos mostra a importância do ministério de diáconos e diáconas geralmente desvalorizado tanto pela teologia quanto pela vida pastoral em nossas comunidades. O povo vê o diácono/a como um presbítero pela metade. Olha-se o ministério pelo que “pode” ou “não pode” fazer em termos sacramentais, não se olha o principal que é o TESTEMUNHO. 
                                               
Todas as pessoas que hoje são presbíteras ou até bispas carregam dentro do seu ministério o ministério diaconal por onde iniciaram sua trajetória no ministério ordenado. Nós estamos aqui para lembrar-lhes disso! Mas, também, para lembrar todo o povo da igreja, ordenado ou não, que nossa fé deve ser testemunhada em atos concretos de amor ao próximo! Desvalorizar o ministério diaconal é, como fizeram com Estevão, tentar apagar o testemunho profético da fé em Cristo.

Revda. Claudia Prates – Cachoeirinha RS 
(reeditado)

Texto para meditação
Então todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo. Atos 6:15

Intercessão
Oremos por todas as pessoas ordenadas que exercem o ministério diaconal e pelo Serviço Anglicano de Diaconia Desenvolvimento (SADD).

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Jeremias Taylor, Bispo de Down. Connor e Dromore, 1667.

Salmos 101, 109 ou 119:121-144; Juízes 13:15-24; 
Atos 6:1-15; João 4:1-26. 

Água Pura

Aquela mulher samaritana era o que hoje chamaríamos de “uma mulher experiente”, depois de tudo já tinha convivido com cinco maridos e convivia com o sexto (fora do matrimônio). Jesus já conhecia a mulher bem antes de falar com ela. Ele a abordou apenas pedindo-lhe um pouco de água, não a julgou, não a recriminou, não há inferiorizou. Pelo contrário, quando a mulher viu que ela era “judia” (o que era perceptível pelo sotaque no aramaico) estabeleceu um debate sobre a dignidade desse lugar sagrado que era o “poço de Jacó”. Jesus, ainda sendo questionado, não a desvalorizou, respondeu-lhe com tal respeito e seriedade que a resposta serviu de lição para todas as pessoas, ficando fixada no texto do Evangelho: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”(Jo 4:23). 
                                  
Não devemos nos envergonhar diante de Jesus, pois ele já nos conhece. Não devemos nem mesmo ter vergonha das nossas dúvidas de fé e das nossas discrepâncias. Apenas ouçamos como ele carinhosamente nos pede água e nos oferece da sua água pura.

Revda. Claudia Prates – Cachoeirinha RS 
(reeditado)

Texto para meditação
Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero. Salmo 101:2

Intercessão
Oremos para que nenhum tipo de preconceito ou moralismo nos impeça, ou impeça qualquer outra pessoa de reconhecer Jesus como Senhor e beber da sua água da vida.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Salmos 97,99,[100] ou 94,[95]; Juízes 13:1-15; 
Atos 5:27-42; João 3:22-36.

BUSCANDO A VONTADE DE DEUS EM NOSSAS VIDAS

A leitura de Atos 5 e o evangelho de João 3, nos mostram que o caminho da vida eterna é o caminho da obediência a Deus. Corremos sempre o risco de nos iludir com as palavras vãs de algumas pessoas motivadas pelo seu egoísmo. Sabemos, no entanto, o que é realmente verdadeiro porque tudo que é feito pela vontade de Deus permanecerá e crescerá. No entanto, o que for feito pela vontade das pessoas terminará, não terá continuidade, terá a duração das próprias pessoas, não a eternidade de Deus.
                
Devemos nos dispor a deixar Jesus crescer em nós, para que possamos receber o seu amor e sermos merecedores da salvação eterna. Peçamos a Deus mais discernimento das coisas que acontecem ao nosso redor. Temos que aprender a entender o que acontece na ótica da eternidade, na ótica que vai além de nossos próprios interesses e na visão de Deus que ama; que perdoa e que restaura; mas que não gosta do engano e da mentira. 

Revda. Claudia Prates – Cachoeirinha RS 
(reeditado)

Texto para meditação
Mas, se vem de Deus, vocês não poderão destruí-lo, pois neste caso estariam lutando contra Deus. Atos 5: 39

Intercessão
Oremos por crescimento espiritual, mais busca de Deus. Que mais pessoas consigam  discernir a verdade de Deus acontecendo em suas vidas e acreditem em Jesus Cristo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Salmo 89; Juízes 12:1-7; 
Atos 5:12-26; João 3:1-21.

NOVA VIDA EM TRANSFORMAÇÃO

O amor incondicional de Deus permanece conosco mesmo quando não merecemos, pois muitas vezes tomamos decisões erradas, falhamos em nossas escolhas e assim mesmo Deus esta conosco. Deus, em Cristo, nunca nos abandona. Muitas vezes deixamos Deus de lado, preferimos seguir sozinhos sem esperar por sua resposta. Mas, é na vida nova que Jesus nos dá que devemos nos apoiar para renascer na fé, vivendo a vida na plenitude do amor de Deus por nós. 
                   
Desta forma poderemos experimentar atitudes que transformem o mundo ao nosso redor, provocando assim em outras pessoas este novo nascimento. Foi disso que Jesus falou a Nicodemos quando lhe disse: “na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3b). Jesus morreu por nós, não apenas para termos uma esperança de eternidade após a morte física, mas termos uma experiência de transformação permanente desde agora, experimentando, pela ação do seu Espírito Santo, um novo nascimento! 

Revda. Claudia Prates – Cachoeirinha RS
(reeditado)

Texto para meditação
Sei que o teu amor dura para sempre e que a tua fidelidade é tão firme como o céu. Salmo 89: 3

Intercessão
Oremos para que todas as pessoas possam experimentar, a cada dia, uma nova vida em Cristo Jesus. 

domingo, 10 de agosto de 2014

9º Domingo de Pentecostes (Próprio 14) - DIA DOS PAIS

 Salmo 29; Jonas 2:1-9; 
Romanos 9:1-5; Mateus 14:22-33

Não tenham medo, sou eu! 
(Mt 14,22-33 em cordel)

Então Jesus ordenou / Seus discípulos entrar / Numa barca antes dele/ Para outra margem passar./ Ele subiu a montanha,/ Ficou sozinho a orar.
Já bem distante da margem / Todo o grupo se agitava,/ Vinha o vento contrário./ Sobre o mar ele andava./Eles ficaram com medo,/ Jesus logo lhes falava. 
Jesus os vendo com medo,/ Por esse modo falou/ Fiquem bem tranquilos,/ Não tenham medo, EU SOU./Neste momento, Pedro,/Sua palavra tomou.
Se és tu mesmo o Senho./Manda que eu vá aí,/Caminhando sobre as águas,/Até chegar junto a ti./Jesus lhe disse: Vem, Pedro./E ele chegou a ir.
Mas logo a violência/ Do vento foi aumentando./ Pedro foi tendo medo,/Foi logo se afundando./Gritou: Senhor, me vale!/Que não estava acreditando.
No mesmo instante Jesus/Estendeu-lhe a sua mão,/Segurou-lhe e disse: homem/De pouca fé, por que não/Não acreditaste em mim,:Na minha autorização?
Apenas tinha subido/Na barca, os ventos cessaram./Os que estavam dentro/ Diante dele se prostraram./Tu és o filho de Deus,/Por esta forma falaram.
E tendo atravessado/Chegaram a um lugar/Chamado Genezaré./A todo o povo avisar/Para conhecer Jesus,/Para ouvir Jesus pregar.
Ali todos os doentes,/Foram-lhe apresentados/Pra tocar na sua veste,/Se arrepender dos pecados./Todos tocaram na veste,/Logo ficaram curados.
Severino Batista.

Texto para meditação
Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.Salmo 29:2

Intercessão
Oremos para que pela Graça de Deus em Cristo, possamos proclamar a fé e a cura através das nossas das manifestações culturais de nossos povos!

sábado, 9 de agosto de 2014

Salmos 87,90 ou 136; Juízes 9: 22-25,50-57; 
Atos 4:32-5:11; João 2:13-25.

UMA FAXINA NA CASA DE DEUS 
JESUS É O NOVO TEMPLO

Depois do ano 70, com a destruição do templo, as comunidades releram as palavras de Jesus e concluíram que o templo de Jerusalém estava ultrapassado. A Glória de Deus não habitava mais naquele espaço! As comunidades do Discípulo Amado foram as que mais avançaram nesta reflexão. Elas concluíram que em Jesus, Palavra de Deus feita carne, reside a Glória de Deus (Jo 1,14). Jesus é o novo templo! 
                  
O corpo de Jesus, ou seja, a sua realidade humana, é o local em que habita a plenitude da Divindade (Jo 2,21-22). Deus não se prende a nenhum santuário, nem o de Jerusalém nem o do monte Garizim. O que o Pai quer são os verdadeiros adoradores, aquelas pessoas que manifestam Deus em suas vidas através do amor ao próximo. Estas são as que o adoram "em espírito e verdade" (Jo 4,23). O verdadeiro templo de Deus é a comunidade, onde as pessoas são todas sacerdotes e sacerdotisas, "as palavras vivas", que continuamente oferecem a Deus o autêntico sacrifício espiritual (1Pd 2,4-5). Por isso mesmo, no Evangelho de João, a limpeza da casa de Deus acontece no início da vida pública de Jesus.

Mesters, Lopes e Orofino

Texto para meditação
Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito João 2:21-22

Intercessão
Oremos para que não fiquemos presos a templos ou memórias vazias, mas sempre lembremos que a Palavra Viva de Deus é Jesus Cristo e a verdadeira Igreja de Cristo é a comunidade.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Salmos 88 ou 91-92; Juízes 9:1-16, 19-21; 
Atos 4:13-31; João 2:1-12.

“Fazei tudo o que ele vos disser”

O evangelho a ser refletido (...) é tradicionalmente conhecido como “as bodas de Caná”. Essa narrativa leva-nos a perguntar sobre o papel da religião, da vivência da aliança entre Deus e as pessoas. A função da religião é petrificar o coração humano ou é gerar novas criaturas no amor de Deus?
                                                           
(...)  Por fim, a nova aliança em Jesus de Nazaré manifesta a “glória”, isto é, a presença plena do amor de Deus. Em Jesus, Deus se tornou palpável. Porém, o ponto alto do amor fiel de Deus foi revelado na fidelidade de Jesus até a cruz. Por isso, nas bodas de Caná, a sua “hora ainda não chegara”. Virá mais tarde, na cruz imposta pelos príncipes deste mundo (1Cor 2,8). O seu amor sem limites, a sua fidelidade aos pobres e à missão de promover a vida com dignidade revelam a glória de Deus, isto é, a sua presença amorosa em nosso meio.

Ildo Bohn Gass

Texto para meditação
Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Atos 4:20

Intercessão
Oremos para que, pela Graça de Deus em Cristo, sejamos fiéis a Sua Aliança de amor.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Salmos 83, 145 ou 85,86;  Juízes 8:22-35;  
Atos 4:1-12;  João 1:43-51. 

Exaltar-te-ei, ó Deus!

 O Salmo 145, um dos indicados para hoje, tem como título, em latim: “Exaltabo te, Deus”. É um Salmo de exaltação a Deus. O Senhor é exaltado por sua grandeza, por seus feitos poderosos, por suas maravilhosas obras, por sua bondade e misericórdia... Os Salmos são orações, “um livro de poesia litúrgica”, como diz nosso Livro de Oração Comum. Deveriam ser meditados e não simplesmente lidos nas comunidades. Aliás, este é um espaço que a Igreja (instituição) está perdendo para o mundo. 
                        
Os grupos de oração estão cada vez mais raros em nossas comunidades. Reservamos, quanto muito, o tempo da celebração do domingo, e quanto mais curta ela for melhor, porque mais tempo nós temos para outras coisas que nos envolvem e tomam nosso tempo. Permitam-me fazer desde espaço e deste pequeno tempo que o leitor está “perdendo” ao ler esta meditação, um exercício de reflexão da nossa vida. Vejamos: quantas vezes a minha Paróquia (ou Missão) abre por semana para celebrar os Sacramentos, meditar a Palavra de Deus e orar? Quantas dessas vezes eu participo? Como é minha espiritualidade no lar? Oro em família? Ou não tenho tempo pra nada disso porque outras coisas “mais importantes” me tomam todo o tempo? Vamos praticar nossa espiritualidade através dos sacramentos da Igreja, da escuta e ação da Palavra de Deus e da oração, que nos mantém sempre ligados intimamente com o Pai. 

Revdo. Rodimar Pinto Lopes
Bagé (reeditado)

Texto para meditação
Exaltar-te-ei, ó Deus, Rei meu, e bendirei o teu Nome por todo o sempre. Salmo 145:1

Intercessão
Oremos por discernimento em relação ao uso do nosso tempo e da nossa participação na comunidade de fé, na oração, na escuta da Palavra e nos sacramentos.